Um país com uma independência forte

A República Democrática Popular da Coreia é globalmente conhecida como sendo um país extremamente independente dada a perseverança dos princípios da independência política, da auto-suficiência económica e da auto-suficiência da sua defesa nacional.

sábado, 29 de agosto de 2015

Alejandro Cao de Benós, presidente da KFA


A KFA é presidida por Alejandro Cao de Benós, Delegado Especial da Comissão Para as Relações com Países Estrangeiros do Alto Ministério do Governo da República Democrática Popular da Coreia.

O mesmo foi já galardoado com várias medalhas e títulos honoríficos da RDPC, tais como a Ordem da Amizade, a Medalha da Fundação da República, a Ordem da Bandeira da República e ‘O Jun Hup’, insígnia do 7º Regimento atribuída pelo Exército Popular da Coreia em Panmunjon. 

É também Conselheiro Delegado da Frente Nacional Democrática Anti-Imperialista (Banzeminzon, Coreia do Sul) e jornalista honorário do Comité Central da Rádio e da Televisão da RDPC, entre outras responsabilidades e cargos. 


E-mail de contacto: korea@korea-dpr.info



A sua biografia encontra-se resumida na obra Alma Roja, Sangre Azul da Editorial Base:

Delegação nipónica presta tributo a Kim Il Sung e a Kim Jong Il


Pyongyang, 29 de Agosto – Uma delegação da Universidade Nipónica para a Ciência no Desporto visitou este Sábado as estátuas do Presidente Kim Il Sung e do líder Kim Jong Il na Colina Mansu.

Os académicos japoneses prestaram-lhes tributo e depositaram um cesto de flores perante as estátuas.

InfoCoreia | KCNA

70º Aniversário do PTC assinalado no Irão


O Partido da Coligação Islâmica (حزب مؤتلفه اسلامی) nomeou no passado dia 24 de Agosto uma comissão para a preparação dos comemorativos do 70º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores da Coreia (PTC).

A comissão faz-se representar por Hamid Reza Taraghi (na foto), vice-secretário-geral do Partido. A comissão decidiu levar a cabo uma série de eventos culturais e políticos para assinalar o aniversário em Teerão, capital da República Islâmica do Irão.

InfoCoreia | KCNA

domingo, 2 de agosto de 2015

Visite a RDP da Coreia: Excursão de Outubro de 2015


As nossas excursões tornaram-se extremamente populares entre os membros da KFA e não só, qualquer pessoa pode participar nas nossas viagens e experienciar a Coreia do Norte afastada dos trilhos turísticos habituais e interagir directamente com os cidadãos norte-coreanos. Um visitante que se junte a uma delegação da KFA não será tratado como um turista mas como um amigo da RDPC, tendo acesso a locais, informações e eventos que se encontram vedados aos turistas normais. 

Para os empresários é também a única porta de entrada capaz de garantir uma relação comercial e eficaz com o governo.

Outubro de 2015

70º Aniversário do Partido dos Trabalhadores da Coreia
(excursão de 6 a 13 de Outubro de 2015)

Prazo Para a Pré-Inscrição: 25 de Agosto de 2015

A Associação de Amizade Coreana (KFA), o organismo internacional em que se insere a Associação de Amizade Luso-Coreana (KFA Portugal), está a organizar uma visita à RDP da Coreia (Coreia do Norte) de 6 a 13 de Outubro de 2015 (8 dias e 7 noites) por ocasião da um feriado extremamente importante: o 70º aniversário do Partido dos Trabalhadores da Coreia. As vagas disponíveis para esta excursão são extremamente limitadas e as reservas dependem da confirmação da sua subscrição.  

A KFA dá-lhe a oportunidade de conhecer o país, o povo, a sociedade e a sua cultura num ambiente respeitoso e inserido num grupo restrito, com a possibilidade de discutir projectos, intercâmbios culturais e oportunidades de negócio com o governo norte-coreano.

Estão convidados a participar os portadores de todos os passaportes, com as seguintes excepções: Estados Unidos da América, República da Coreia (Coreia do Sul) e Japão devido a protocolos especiais nas relações bilaterais com esses países.

Os participantes na nossa delegação serão aceites de acordo com a ordem de chegada (pré-inscrição) e após clarificarem todos os pormenores e condições.

Não se trata de uma viagem turística vulgar, trata-se de uma excursão cultural na qual se espera que os visitantes interajam e se comportem de modo adequado. Um visitante que se junte a uma delegação da KFA não será tratado como um turista mas como um amigo da RDPC, tendo acesso a locais, dados, informações e eventos do Estado que se encontram vedados aos turistas.

Os delegados da excursão da KFA serão recebidos pela Comissão Para as Relações Culturais com Países Estrangeiros e receberão um visto oficial da RDPC no seu passaporte.

O programa foi organizado de modo a ser adequado para todas as idades e não requer quaisquer habilidades ou esforços especiais.

AVISO PRÉVIO

A KFA não se responsabiliza por quaisquer danos pessoais, materiais ou por quaisquer outros problemas relacionados com esta excursão, oferecemos os nossos serviços na qualidade de organização consultora entre as autoridades da RDPC e o “participante”.

Caso o “participante” queira quaisquer coberturas ou seguros, é da sua plena responsabilidade contratar e implementar os mesmos.

Não é permitida a participação de quaisquer cineastas, jornalistas ou pessoas relacionadas com quaisquer outros meios de comunicação social.

PREÇOS DA EXCURSÃO

Preço normal: 2.350€
(O preço é por pessoa, quer se trate de uma reserva para um quarto individual ou para um quarto duplo)
Preço para portadores de um cartão de sócio da KFA: 2.200€
(desde que possuam o cartão há mais de um ano)
Para informações acerca do cartão de sócio da KFA consulte:

O preço inclui (na RDP da Coreia):

- Todos os transportes na RDPC;
- 7 noites num hotel de 3 ***, próximo na Praça Kim Il Sung;
- Pequeno-almoço, almoço e jantar (a-la-carte) e água a acompanhar as refeições;
- Entrada em todos os museus, monumentos e espectáculos do aniversário;
- Guias que falem inglês/espanhol/alemão/francês/russo dependendo da composição final do grupo da excursão;
- Participação em todas as actividades.

Basicamente todas as despesas enquanto se encontrar na RDPC excepto as recordações e as bebidas extra. 

Na RDPC teremos à sua disposição 24 horas por dia médicos e hospitais caso tenha algum problema de saúde.

DESPESAS ADICIONAIS

550€ pagos antecipadamente até 25 DE AGOSTO para cobrir o voo Pequim-Pyongyang-Pequim, o visto da RDPC e as tarifas aeroportuárias. 

O valor da excursão (2.350€) será pago na íntegra em Pequim a 5 DE OUTUBRO (aceitamos apenas dinheiro em EUROS).

O participante deverá pagar do seu próprio bolso:

1 – O voo do seu país para Pequim;
2 – O visto chinês (deverá requisitar um visto com entrada dupla ou, caso seja elegível, um visto de livre trânsito);
3 – A sua estada na China bem como o transporte para o aeroporto de Pequim;
4 – O voo de Pequim de regresso para o seu país.

NOTAS:

Os participantes que não respeitem os regulamentos da RDPC serão tratados de acordo com a lei nacional da RDPC.

Qualquer participante que não siga os conselhos e as indicações da KFA será expulso da delegação sem quaisquer apelos ou devoluções.

Os cartões de crédito (Visa, AMEX, Mastercard) são aceites na China mas não podem ser utilizados na RDPC.

Os multibancos chineses só dispensam moeda em YUAN RENMIMBI. Não é possível levantar EUROS. 

Deverá trazer duas fotografias a cores tipo passe para o visto da RDPC.

Objectos proibidos na RDPC:
Câmeras de vídeo, plantas, animais, drogas, explosivos, armas, qualquer tipo de pornografia, propaganda impressa. 

Objectos permitidos na RDPC:
Telemóveis, máquinas fotográficas (análogas ou digitais), portáteis (desde que não disponham de rádio de longo alcance), PDA, leitores de CD, MP3, livros ou revistas para uso pessoal.

Outros objectos além destes podem ser inspeccionados pelos serviços de imigração.

LEMBRETE DOS PRAZOS:

A PRÉ-INSCRIÇÃO TERMINA A 25 DE AGOSTO DE 2015.
As pessoas que não efectuem a pré-inscrição não podem participar na excursão.
A 25 DE AGOSTO DE 2015 termina também o prazo para o PLENO processo de inscrição, as pessoas que não tenham providenciado todos os dados necessários ou os 550€ da inscrição não poderão participar na excursão.

Quaisquer dúvidas devem ser remetidas ao e-mail: korea@korea-dpr.info
Telefone: +34 697973473

PROCESSO DE PRÉ-INSCRIÇÃO

1. Envie um e-mail para korea@korea-dpr.info com os seguintes dados:

Excursão em que deseja participar:
Nome:
Sobrenome:
E-mail:
Telefone:
Data de Nascimento:
Número do Passaporte:
Nacionalidade do Passaporte:

A pré-inscrição não requer o pagamento de quaisquer emolumentos e pode ser cancelada em qualquer altura desde que nos informe.

2. Aguarde pela confirmação da recepção do seu e-mail. Ser-lhe-á enviado um número de referência.

3. ANTES DO DIA 25 DE AGOSTO DE 2015 aceda ao nosso portal:


Adicione ao cesto de compras e completa a compra (são aceites os principais cartões de crédito)

Opcionalmente: remeta os 550€ referentes à sua reserva por PayPal para o endereço korea@korea-dpr.com

Nesta altura o seu bilhete de avião (Pequim-Pyongyang) e o seu quarto de hotel encontrar-se-ão reservados e iniciar-se-á o processo de requisição do seu visto.

Caso decida cancelar a sua viagem, os 550€ da reserva não serão devolvidos uma vez que serão utilizados para cobrir todas as despesas administrativas e de cancelamento.

Se por alguma razão o seu visto de entrada na RDPC for recusado ou um problema de força maior nos obrigue a cancelar a viagem, os 550€ serão devolvidos via PayPal.

4. Receberá uma confirmação referente à recepção do seu pagamento.

Agora terá que marcar pelos seus próprios meios um voo do seu país para Pequim bem como a sua estadia na mesma (no caso de Portugal, terá que adquirir passagens para os voos Lisboa-Pequim na ida e Pequim-Lisboa na vinda, a KFA só assegura os voos Pequim-Pyongyang e Pyongyang-Pequim).

Dependendo da sua nacionalidade e do tempo de estadia na China, pode ter que contactar a embaixada ou consulado chinês mais próximos e requisitar um visto de DUPLA ENTRADA para as datas em que irá viajar. Muitos passaportes NÃO NECESSITAM DE UM VISTO CHINÊS e pode requerer um visto de trânsito válido por 72 horas nos aeroportos chineses.

Lista de países que podem requerer um VISTO GRATUITO válido por 72 horas na China: Argentina, Áustria, Austrália, Bélgica, Albânia, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Brunei, Bulgária, Canadá, Chile, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Macedónia, Malta, México, Holanda, Nova Zelândia, Polónia, Portugal, Qatar, República de Montenegro, Roménia, Rússia, Sérvia, Singapura, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Ucrânia e Reino Unido.

5. NO DIA 25 DE AGOSTO receberá os pormenores e o horário referente ao nosso ponto de encontro em Pequim. Antes da partida receberá uma introdução básica aos princípios da cultura coreana bem como algumas dicas/conselhos que lhe poderão ser úteis.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS REFERENTES A DESPESAS EXTRAS:

Brevemente.

sábado, 1 de agosto de 2015

A Coreia do Norte e a noção de controlo, entrevista com Alejandro Cao de Benos


Em linhas gerais, no Ocidente pouco ou nada se sabe acerca da realidade social na Coreia do Norte. A maior parte das informações chegam-nos repletas de propaganda ou de parcialismo por parte de certos órgãos de comunicação social e, assim sendo, há uma tendência notória para a simplificação e, nalguns casos, para a banalização do que acontece nesse país asiático.

Assim sendo, ainda menos se conhecem os contornos que assume o controlo social na Coreia, pelo menos da perspectiva que têm acerca deste os seus próprios representantes. O Direito a Réplica tentou obter – e conseguiu – uma entrevista virtual exclusiva com Alejandro Cao de Benos, um cidadão de origem espanhola que é, já desde algum tempo, o representante oficial da Coreia do Norte nas suas relações com o Ocidente e delegado especial honorário da Comissão Para as Relações Culturais com Países Estrangeiros. Sugerimos que levem a cabo uma leitura meticulosa e exaustiva das suas respostas, pois estas conseguem – dada a sua singularidade e potencialidade – trazer-nos novos debates e polémicas sobre aspectos e questões que se converteram praticamente em orientações para a nossa vida quotidiana. Abaixo encontram a entrevista realizada com Alejandro Cao de Benos.

DR – No Ocidente diz-se que para se conseguir avaliar as condições democráticas de uma nação, é necessário avaliar como esta trata os seus presos. Na América Latina, e atrevo-me a dizer que em todo o mundo ocidental (embora admitindo aquelas excepções que confirmam a regra) as cadeias propriamente ditas já são por si só uma demonstração da desumanidade global. Quais são as condições das prisões na Coreia do Norte?

ACB – As prisões são normalmente cooperativas de quintas ou plantações madeireiras e mineiras em regime fechado. Os criminosos que tenham sido condenados trabalham num regime disciplinado semelhante ao de um aquartelamento militar. Têm que trabalhar obrigatoriamente 8 horas por dia e dedicar o seu tempo ao estudo e à formação até à sua reinserção na sociedade. Existem reduções de pena por bom comportamento bem como amnistias em datas predeterminadas, como o dia 1 de Agosto.

DR – O sistema penal coreano é selectivo? Ou seja, só os mais desfavorecidos e desamparados da sociedade é que vão presos? Na América Latina as prisões estão cheias de pobres, marginais, toxicodependentes, etc. Como é o panorama na Coreia?

ACB – Lá nada é selectivo. De facto não existe o sistema de fianças como há noutros países, o qual permite que os mais abonados se evadam às suas penas. O fuzilamento do General Jang Song Theak demonstra que ninguém escapa às leis da República, por mais alta que seja a sua patente militar.

DR – Já escutamos noutras entrevistas suas que a pena de prisão na Coreia inclui a obrigatoriedade dos reclusos trabalharem (alguns apodam-no de “trabalho forçado”) e que esse trabalho deve realizar-se como forma de retribuição à sociedade pelo prejuízo cansado com o delito cometido. É verdade?

ACB – Exactamente. Trata-se de trabalho forçado porque se determinada pessoa é um criminoso então deve devolver à sociedade aquilo que lhe retirou, sem receber um ordenado e sem possibilidade de sair do perímetro estipulado para tal.

DR – Assim sendo, como se leva a cabo na Coreia a “reinserção” ou “ressocialização” dos reclusos quando estes regressam ao mundo livre? São preparados para uma nova vida em sociedade? São-lhes facilitados tratamentos ou alguma outra abordagem nas prisões? Existem organismos estatais que se ocupem dos libertos para facilitar a sua reinserção na sociedade?

ACB – A reinserção é aplicada em todas as penas menores, como os pequenos furtos. Nessa situação o culpado realiza trabalhos em regime aberto e em contacto com a população, como a limpeza de parques e jardins. Nos casos mais graves a reinserção formaliza-se mediante a frequência obrigatória de cursos académicos, línguas estrangeiras, etc. O Conselho de Ministros tem um gabinete responsável por essa reinserção e, tal como sucede aos restantes cidadãos, atribui uma casa gratuita e um emprego a todos aqueles que cumpriram a sua pena.

DR – Na Coreia compreende-se que a uma infracção ou um delito, seja este de maior ou menor gravidade, corresponde sempre um castigo?

ACB – Não. Não, se não for grave a infracção pode resolver-se com o reconhecimento dessa falha por parte do autor e a promessa do mesmo, perante os seus familiares e colegas de trabalho, de que não voltará a acontecer.

DR – Em princípio assenta a necessidade social de castigar alguém? Conhece os pontos de vista ocidentais acerca do que justifica um castigo estatal. Que semelhanças e diferenças encontra em ambos os sistemas?

ACB – Como existem seres humanos que decidem prejudicar a sociedade por egoísmo, inveja, ódio, etc., tem que existir um sistema punitivo que obrigue à boa consciência do delinquente para que este evite cometer um crime por receio do castigo que lhe está associado. Eu defini-lo-ia como um porta-voz da consciência. Para manter a harmonia social e a ordem são necessárias uma série de medidas em qualquer sociedade. A diferença mais importante seria que na Coreia fazemos muito uso do sentimento de honra e moral como elemento integrador. Um delinquente na Coreia sabe que quando sair da prisão a sua honra estará manchada por muito tempo, no Ocidente, por outro lado, às vezes os delinquentes chegam a converter-se em verdadeiros heróis e até lhes cantam odes.

DR – Sabemos que negou em mais de uma ocasião a existência de campos de concentração na Coreia. Contudo, por outro lado, admitiu que existem “campos de trabalho”. Em que consistem esses campos?

ACB – Os campos de concentração referem-se no imaginário colectivo aos campos do nazismo, para os quais as pessoas eram enviadas por causa da rua raça, religião ou tendência sexual. Este termo continua a utilizar-se como propaganda imperialista para diabolizar a Coreia e manipular a população de modo a acreditar que o que existe na Coreia é algo similar. Nada está mais longe da verdade. Como tenho referido, um campo de trabalho é como uma cadeia em Espanha ou no México, com a diferença de que os presos não passam o dia a drogar-se, a preguiçar ou a subornar os funcionários. Na Coreia existe um regime militar e há que trabalhar, queira-se ou não.

DR – Quantas pessoas privadas da sua liberdade existem, aproximadamente, na Coreia?

ACB – Esses dados não se encontram disponíveis mas são poucas, tendo conta que eu próprio em 24 anos só testemunhei 4 delitos menores. Tal deve-se à enfase que se atribui à prevenção dos delitos mediante a educação e ao facto das penas serem fisicamente duras, razões pelas quais os cidadãos estão cientes de que na RDPC o crime não compensa.

DR – Existem na Coreia instalações genéricas para o internamento de doentes mentais? Quais serão, neste caso, as condições e características desses locais?

ACB – No caso dos doentes mentais existem centros adequados para o seu internamento, assistência e controlo nas 24 horas do dia. Não diferem muito de um hospital, com a excepção de que dispõem de muito mais pessoal para tratar de cada paciente e do tratamento ser mais familiar e personalizado. 

DR – Mudando de assunto, queríamos perguntar-lhe quais são as formas de assédio e coacção que a Coreia do Norte sofre por parte do imperialismo e dos seus aliados? 

ACB – São múltiplos e variados. Habitualmente há o assédio armado que começou nos anos 50 com a invasão da República por parte do imperialismo norte-americano. As manobras militares de treino e simulação para a ocupação da RDPC ocorrem a cada 3 meses nas bases existentes no Sul. Depois temos o bloqueio comercial sistemático com o intuito de asfixiar a nossa economia, outras formas importantes são as tentativas de sabotagem e terrorismo para criar instabilidade e originar grupúsculos dissidentes entre a população que eventualmente, e uma vez armados pela CIA, possam derrubar o governo popular como fizeram na Líbia, na Síria, etc.

DR – De que maneira influenciam esse tipo de coacções a Coreia e a sua população?

ACB – Obviamente que teve e tem efeitos desastrosos. A Coreia chegou a sofrer com malária e outras enfermidades que nunca existiram no passado. Tal deveu-se ao lançamento de bombas bacteriológicas por parte dos EUA. E depois temos o bloqueio económico que impede o comércio regular com o exterior, diminuindo as possibilidades de importar os medicamentos necessários bem como outros produtos de alta tecnologia do exterior.

DR – Que papel político atribuem na Coreia às grandes cadeias de comunicação social ocidentais?

ACB – As grandes cadeias de comunicação social são basicamente órgãos de propaganda do capital. São financiadas e propriedade de uma mão cheia de multimilionários que manipulam à sua vontade as notícias e conhecimento para manter em erro a população. A imparcialidade jornalística não existe e claro está que à classe privilegiada, a oligarquia, não lhe interessa que o povo se erga ou que se nacionalize a indústria e o ramo imobiliário ao abrigo de um sistema socialista.

DR – Que opinião tem a Coreia do Norte acerca dos movimentos emancipatórios, também denominados de populismos, que surgem na Améria Latina?

ACB – A RDP da Coreia tem por princípio o respeito para com as outras nações na selecção do seu próprio sistema político e de governo. O povo deve ser sempre soberano.

DR – Quais são, actualmente, os aliados estratégicos da Coreia do Norte em questões de política internacional?

ACB – Nenhuns. A RDPC sempre se valeu e continuará a valer por si mesma. Existem países mais próximos e que tradicionalmente têm sido amigáveis, mas no final todos eles velam pelos seus próprios interesses e se os EUA lhes oferecerem um caramelo envenenado rapidamente esquecerão quaisquer vínculos históricos. 

DR – Muito obrigado.

ACB – Encantado.

O original encontra-se em Derecho a Réplica
Tradução © KFA Portugal.
Foto © KCNA

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